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Cleber Tomas Vianna
O Homem da Viola

Olá! Sou Cleber Tomás Vianna, mais conhecido por Cleber Vianna, O Homem da Viola. Sou  paulista de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, onde nasci numa fazenda chamada Ouro Branco, em 22 de julho de 1954. Meu contato com viola foi desde o meu nascimento, pois venho de uma família de artistas.

 

Meu finado pai, Laurindo Thomaz Vianna (Zé Taquara), fazia dupla com seu irmão Arlindo Vianna e meu sono era embalado nas cantorias deles, principalmente nos dias de festanças lá na roça. Nosso tio Zelão era radialista em Guaxupé/MG, divisa de nossa cidade. Ensinou sua filha Pininha a cantar e formaram um trio chamado Zelão, Pininha e Cidinha. Zelão no papel de apresentador da dupla e animador dos shows delas. 

 

Posteriormente, com a saída da Cidinha do trio, entrou a Verinha que até hoje, de volta ao meio artístico, depois de um tempo afastadas por motivos pessoais, está cantando com a Pininha. Em 1958, aclamadas pela famosa Revista Sertaneja, o Trio recebeu o troféu Viola de OuroTínhamos na família também outra prima, a falecida Nilce, excelente acordeonista que muito nos animava.

 

Por força das circunstâncias, ainda menino fui morar em São Paulo com minha mãe e irmãos e perdi contato com meu pai que fora fazer shows por este mundão de Deus.Com 14 anos de idade aprendi tocar violão com o finado amigo Itamar Gustinelli e tempos depois me juntaram com a viola e não larguei mais (até que a morte nos separe).

 

Nosso tio Zelão foi para São Paulo e retomou a função de radialista nas Rádios Nove de Julho, Bandeirante, Nacional e Boa Nova de Guarulhos, onde ficou por mais de 12 anos até o seu falecimento. Neste interregno de tempo sua filha Pininha parou de cantar e Zelão, além do seu trabalho na Rádio, era circense e fazia apresentações musicais além do espetáculo da dança com a “Nega Maluca”. Muito conhecido no meio artístico, tornou-se amigo dos melhores violeiros e duplas do Brasil. Compositor que era, tem parcerias em músicas com Roque de Almeida (Sou Eu), um samba caipira. com Tião Carreiro (Viola Chic-Chic), com Francisco Lacerda (Moço Bonito) e com Jeca Mineiro (Desconfiada) além de outras de sua autoria solo. 
 
   Zé Taquara  & Taboquinha

Reencontrei meu pai e aí nasceu a dupla de violeiros. Não tivemos a oportunidade de gravar discos, mas não faltaram shows pra gente animar.

Nosso contato era constante com o tio Zelão e isto nos levou, face ao meio que convivia, a ter um perfeito entrosamento com os violeiros Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Luizinho e Limeira, Palmeira e Biá, Ranchinho Segundo, Dino Franco e Moraí, entre outros tantos que já se foram, e com eles, também se foi meu pai. 

Na oportunidade, ensaiei um repertório e formando um Duo, "Cleber e Roserli", gravamos, em 1982, um disco (Long Play) com o carro chefe, Esquina do Mundo.

O disco foi lançado pela Itaipu, sendo gravado nos estúdios da Gravodisc (Chantecler).   Os arranjos e produção foram feitos pelo meu amigo-irmão Santiago (Flor da Serra e Santiago) e escritos pelo maestro José Juvenil de Lacerda, o Pinóchio.   

 

Para ouvir as músicas gravadas, acesse o playlist criado pelo amigo João Villarim no Youtube, clicando aqui.

 

Tivemos a participação do João Mulato (João Mulato e Douradinho) na criação do arranjo da música O Boiadeiro, e contamos com a presença de ilustres músicos como o maestro Oscar Nelson Safuan (viola, violão quinto e harpa paraguaia), maestro Evêncio Ranã Martinez (piston), Walter Antonio Barreto (violões), Lázaro Lopes (Pirulito), João Batista Lemos, o Escurinho do Viola Minha Viola (ritmo), Ivan Soares de Oliveira (berrante), maestro Alexandre Ramires, Glauco Masahiro Imasato, Helena Akiko Imasato e Aldemir Téo B. Salinas (violinos).                                                       

Com o disco debaixo dos braços saímos em viagens a outros estados do Brasil, gravamos clipes pela Rede Globo (TV Morena), TV Tupi (programa do Picarelli), TV Bandeirantes (programa do Flôr da Serra), fizemos inúmeras audições na grande maioria das rádios deste Brasil, alcançando o primeiro lugar durante uma semana na cidade de Campo Grande/MS com a música Manhã de Primavera (Santiago e Cleber Vianna). Em Fátima do Sul/MS, tivemos a oportunidade de dividir o palco com o Almir Sater que se apresentava com Alzira Spíndolairmã de Tetê Spíndola.  

 Em São Paulo, era constante o contato com os violeiros.  Coisa de atração fatal (risos). A viola reúne os violeiros e, como canta o João Mulato... "Vou aonde tem amor, onde tem ódio não quero ir, no lugar que tem viola eu chego e não quero mais sair".

 

Fazendo valer esta moda, a gente se reunia no Café dos Artistas, na Praça Júlio Mesquita, ao largo da Avenida São João, lugar freqüentado por violeiros, duplas, donos de circos, empresários, compositores, enfim numa busca mútua de entrosamento e diversão. Não faltavam os jogos de carteado, os toques de viola e as cantorias e as trocas de informações sobre as suas viagens.. Tantos anos nesta lida dariam pra escrever um livro sobre a peculiaridade de cada violeiro. Cada artista, cada barzinho daquela região, lembra um detalhe, um momento vivido com um companheiro.  Quando estava preparando repertório pro meu disco fui com o Tião Carreiro na casa do Lourival dos Santos pegar uma letra sua, inédita de parceira com Arlindo Rosas. Por motivos outros não a gravei, mas a guardo até hoje comigo como relíquia e recordação.

 

Do Bambico (Domingos Miguel dos Santos), trago na mente o dia que, no intervalo de um show que fazíamos, no festival de violeiros de Santo Amaro, tomando quentão, e ele falava de sua paixão pela viola caipira, parece que prevendo que dias depois iria tocar viola em outro lugar mais distante da gente. 

Acompanhei bastante tempo o João Mulato nesta transição pós-morte do Bambico. Viajamos pra Lençóis Paulista, Bauru, Fernandópolis onde morava seu pai e ainda  tive o prazer de levá-lo a conhecer minha querida terra São José do Rio Pardo e os meus queridos primos Vianna (tinha time de futebol completo e reservas dos Viannas). Aow, povo bom. O João Mulato tinha uma paciência de Jó, pois cada repicado que dava num pagode, pedia pra ele repetir, pois tava doido pra fazer ao menos algo parecido com o toque dele. 

O João às vezes vinha na minha casa, outras eu ia na casa dele, e o mais legal era quando a gente se encontrava na fábrica de viola e violão D’Valeo, do Valério e Gentil, na Alameda Eduardo Prado. Estes amigos me cederam uma sala e lá tinha meu escritório de representações comerciais. Imaginem que beleza, unir o útil ao agradável. Os violeiros vinham testar as violas e violões e aí, cadê que eu trabalhava mais? Largava a caneta na mesa e me juntava com o povo no salão da fábrica. Defronte tinha um bar onde invariavelmente, entre um toque e outro, um teste nesta ou naquela viola, pra matar a sede de tanto trabalhar nas cordas, a gente mandava buscar a geladinha e o “pau caía a foia”. Mas pra isto alguém tinha que sair da folia pra ir buscar a cerveja, era uma briga pra saber quem é que iria. Todo mundo tava doido pra matar a sede, mas ninguém queria buscar. 

        João Mulato e Cleber e Roserli 

E o amigo Goiano era outro que me aturava nos ponteios das violas. A gente também andou bastante por aí. Nos shows políticos, na Loja do Derço Lopes, do Mário no Brás, na Praia Grande, nas churrascadas nos sítios por aí, shows em Mairiporã, na casa dos tios do Paranaense. No Viola de Ouro do Vital (compositor da música Obras de Poeta), no Recanto Goiano, na Bela Vista. Ali também cantavam os amigões,  o finado Joselito e o José Vitor, até o Tião Carreiro e Pardinho cantaram lá na inauguração da casa. 

O Ronaldo Viola sugeriu ao Valério sócio da fábrica,  dado ao grande espaço que a fábrica tinha, que colocasse ali um Freezer (cheio delas), uma fritadeira elétrica pra rolar uns petiscos (lingüiça, batata frita) e algumas mesas e cadeiras.

 

Pronto... A fome com a vontade de... Beber!

 

Dois dias depois a entrada principal do salão da fábrica estava com um tapume tapando a visão da rua, mesas e cadeiras espalhadas, freezer e fritadeiras a postos e o melhor...o Valério fez um palco, coloquei o meu som que usava nos shows, microfones nos pedestais, violas, violões e cavaquinhos pendurados a disposição do violeiro que chegasse.

 

Virou ponto de violeiros. Tivemos ilustres cantadores naquele palco João Mulato e Douradinho, Tião do Carro, Adauto Santos, Manoel (Joaquim e Manoel), Santarém, Joselito e Jose Vitor, Zé Matão, Zé Barqueiro, Santiago, Ovelha... Enfim até eu né? Também dei minhas palhinhas por lá. Ô saudade! Quem mandou eu me mudar de lá?

 

Tantos destes amigos já se foram e eu não pude estar perto deles pra despedida final, um último repique na viola. Tá marcado pra quando eu me juntar com eles. Vai ser uma festança!  

 

Bom, vamos lá! Com o fim do Duo Cleber e Roserli, fui passar uns tempos em Pirajuí, interior de São Paulo, próximo a Bauru, no sítio do Derço Lopes, com o inseparável amigo-irmão Santiago e começamos a preparar um repertório pra gravar um CD, ficamos lá uns 06 meses.

 
O destino me arrastou pra outra direção, tô em Salvador, longe de São Paulo uns 2500 km, o Santiago e o CD me aguardam para desfecho final há muitos anos. Mas ele me disse que ainda tem o tempo todo do mundo para isto acontecer. Então meu povo, logo, se Cleber Vianna e Santiago juntarem-se com as violas e num uníssono cantarem o que o povo quer... Sairá coisa boa!
 
Distante do povo meu, continuei com a viola no peito. E com a crescente demanda virtual, me enveredei pela internet afora. Descobri que  nunca é tarde para aprender. Com esta maravilhosa e fantástica ferramenta internética, reencontrei velhos amigos, fiz novas amizades e pude ter a oportunidade de ver de novo meu sonho em alta perspectiva de realização.

 

Inicialmente através de um site de relacionamento de afinidades, pude conceber e idealizar a Casa dos Violeiros, com o propósito de congregar em seu seio, violeiros, amantes e aficionados pela Viola Caipira, na finalidade de fazê-los participar de suas atividades virtuais através do seu site http://www.casadosvioleiros.com/ onde se divulga de forma ampla, a história da Viola e dos seus principais expoentes, os grandes violeiros que fizeram a história da Viola Caipira.

 

A Casa traz métodos indicando formas e jeitos de se aprender a tocar a Viola Caipira, com dicas de professores especializados no assunto, a luthieria com profissionais reconhecidamente qualificados e traz ainda as dicas da famosa cozinha caipira, contribuindo assim, de forma ativa na preservação da cultura regionalista e folclórica do nosso país.

 

O site foi desenvolvido e cuidado pelo violeiro e webdesigner Cleber de Carvalho, que teve o incondicional apoio de outros violeiros membros da comunidade como o luthier e violeiro Luciano Queiroz, o violeiro Daniel Viola, o violeiro Jociano Brait, a eleita carinhosamente, madrinha da Casa dos Violeiros, Uxélia (Lucy.Figueiredo), além de outros tantos amigos e violeiros que daria uma lista telefônica se os fosse mencionar no momento. Seus nomes estão gravados na mente e no coração.

 

Hoje a Casa dos Violeiros toma novos rumos. Além de manter a sua tradição virtual, projeta-se construí-la fisicamente. Fato que estamos cuidando com bastante esmero para que ela possa ser usufruída por todos os violeiros que nela queiram habitar.  

 

 

Em 31 de maio de 2013, participando do maior evento de viola caipira do Brasil, O Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira (O Oscar da Viola Caipira), em sua terceira edição, que teve por objetivo colaborar no fomento da cadeia produtiva relacionada ao instrumento viola de 10 cordas (também conhecido como “viola caipira” ou “viola brasileira”) por meio da avaliação de produtos lançados, além de colaborar no mapeamento da atuação da viola em todas as regiões do Brasil, por meio de perfis cadastrados no site do Instituto, onde ficarão registrados e poderão ser acessados livre e facilmente pelo público em geral em ferramenta inovadora de busca detalhada por nome, tipo de atuação, local de nascimento e/ou erradicação e outros...

Bom, meus queridos, com votos populares, fui eleito o melhor Professor de Viola Caipira do Brasil, o que muito me enalteceu, afinal, sou leonino e esses "caboclos" são meio que vaidosos...rssss. Aproveitando essa maravilhosa premiação que recebi, dedico à minha prima Pininha, ao meu finado pai Laurindo Thomas Vianna, ao meu tio Zelão (Arlindo Tomas Vianna) e à Verinha,  esse troféu que orgulhosamente vai se alojar no coração da Família Vianna. 

Em termos de Ordem Maçônica, comento que fui iniciado em 24 de junho de 1979, na Loja Independência, nº 119/Glesp, sou Mestre Instalado, Mestre Maçom da Marca, Membro Titular da Cadeira 15 da Academia Maçônica de Artes e Letras da Bahia, Grande Inspetor Geral/Grau 33 (REAA/Adonhiramita), Grau 9 e último do Rito Moderno/SCRM e Membro ativo da Loja Maçônica Cavaleiros do Delta, 4544/GOB-PI. Como Construtor Social, entre outros Cargos ocupados, tais como Venerável Mestre da Loja O Grito do Ipiranga, nº 240/Glesp/SP, e Venerável Mestre das Lojas Solidariedade, nº 3348 e Verdade Libertária, nº 3497, em Salvador/GOEB, Sapientíssimo do Capítulo Amigos da Liberdade, n° 12, também fui Delegado do SCRM para os Estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Piauí, e ainda, no GOEB, além de Secretário de Orientação Ritualística Adjunto do Rito Moderno, Grande Secretário Geral de Orientação Ritualística, atuei como Deputado Estadual da PAEL. Do GOB, recebi através do Ato nº 045177, de 05/04/2024, Registro nº 78788, a Comenda Cruz da Perfeição Maçônica, o que me deixou bastante feliz pela conquista.
 

 

Cleber Vianna e Fagner

   

 Violas Delissa Modelo Cleber Tomás Vianna

Lilian Poesias

           Vejam a página que ganhei da amiga Lílian.

         https://www.lilianpoesias.net/cleber_vianna.htm

Cleber e Roserli. 
 
 1 - Sofre Coração (Índia Rubla/Roserli)
 2 - Te Quero Demais (Índia Rubla/Santiago)
  3 - Adeus Solidão (Zilmar Gomes/Roserli)
4 - Berrante Goiano (Índia Rubla/Ivan Soares)
5 - Meu Velho Boi (Mingo Mariano/Benizio)
6 - Esquina do Mundo (Maracaí/Luis Bonanza)
7 - O Boiadeiro (Índia Rubla)
8 - O Poder Divino (Oreco/Walter Fernandes)
9 - Manhã de Primavera (Santiago/Cléber)
10 - Chuva de Saudade (Índia Rubla/Cléber)
 
FICHA TÉCNICA:
 
Músicos: Walter Antônio Barreto (Violão), Lázaro Lopes ''Pirulito'' (Contrabaixo), José Juvenil de Lacerda ''Pinóchio'' (Teclados, Acordeom), Oscar Nelson Safuan (Violão quinto, Harpa, Viola caipira), Evencio Ranã Martinez (Pistom), João Batista Lemos ''Escurinho'' (Rítmo), Ivan Soares de Oliveira (Berrante) e Glauco Masahiro Imesato, Helena Akiko Imesato, Alexandre Ramirez e Aldemir Téa B. Salinas (Violino).
 
Direção e Produção artística: Gilberto Borges de Oliveira (Santiago).
 
Arranjos: José Juvenil de Lacerda  (Pinóchio).  

LP Esquina do Mundo - Playlist no Youtube: 

Clique aqui ou na foto acima

Links com informações sobre

Cleber Vianna, O Homem da Viola

Cleber no Site Francês. Veja em Vianna

Disco (LP) de Cleber e Roserli

Cleber no Site São Paulo Minha Cidade

Cleber no site Masonic 

Cleber em Portugal

Cleber Vianna no Facebook

Cleber no Site Cifras Club

Professor Cleber no Cifras Club

 

Cleber no Palco MP3

 

 Cleber Vianna no Youtube

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