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 Empunhadura ou Posição
 

Duas são os maneiras ou posições de segurar a viola: a posição profana e a sagrada. Naquela, o viola fica apoiada no ventre ou mesmo repousa sobre a perna (coxa) do tocador quando sentado. Na posição sagrada, é tocada tão somente em pé, ficando a viola apoiada no colo, senda que o queixo (mento) do violeiro repousa sobre o instrumento. Em geral, quando na posição religiosa, o violeiro fecha os olhos ao dedilhar a viola.

 

Estas denominações de profana e religiosa que propusemos para as duas posições características de segurar a viola, valem apenas para a região paulista, para a paulistânia. Em nossas andanças pelos 4 ventos do Brasil, em 1951, 1952, 1953, quando estivemos no centro, norte e nordeste, tivemos oportunidade de verificar que a viola é empunhada diferentemente da maneira de nossos caipiras e caiçaras bandeirantes.

 O geral, o comum é segurar o braço da viola com a mão esquerda e com a direita dedilhar as cordas. Das várias maneiras de planger as cordas da viola ou "pinicar" como genericamente se referem a esta ação, podemos destacar a mais delicada, maneirosa e suave delas, que é o ponteio, "jeito choroso" para acompanhar as modas de "causos" e "assucedidos" que provocam enternecimento e até lágrimas, bem como o riscado para acompanhar as músicas de cunho religioso como sejam as de folia do Divino ou de Reis, dança de São Gonçalo. Há as maneiras vigorosas usadas em geral para danças: batidas e rasqueado e o maião (malhão, vem de malhar, bater), toque característico do cururu.

 Hoje, por causa do descobrimento das maneiras de dedilhar a viola, tais denominações tornaram-se gêneros: rasqueado, batido, ponteio, maião. E tais males são recente, oriundos da improvisação de nossos locutores que, por ignorância ou avidez de apresentar novidades, generalizam tudo.

 

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